segunda-feira, maio 21

Só mais um capítulo...

Bem, não vou falar sobre mim porque você que está lendo já deve saber um pouco da minha história (provavelmente você é meu seguidor no twitter né?). Irei falar sobre meus últimos três meses que mudaram, de todas as formas, a minha vida, meu jeito de pensar, meu modo de enfrentar a vida e seus acontecimentos.

Há algum tempo atrás, recebi A notícia. Eu precisava de um transplante de fígado. Por incrível que pareça eu não surtei. Enquanto meus pais procuravam por soluções, angustiados, tristes, desamparados (e mesmo assim, foram fortes o bastante pra conseguirmos vencer); eu sabia que era só mais um capítulo de um livro, que eu teria que ler/enfrentar, se quisesse concluí-lo. Então, eu comecei a ler o capítulo mais intenso, doloroso e feliz da minha vida.

Eu e minha mãe - forte e guerreira, como toda mãe é - deixamos o nosso querido lar, e pegamos o avião para Fortaleza, Ceará. Com os corações afogados em medo e esperança. Sem saber quando iriamos voltar. Era a minha primeira de viagem de avião e mesmo com toda aquela situação em nossa volta, era mágico estar entre as nuvens. Eu estava feliz.

Depois de quatorze, longos e angustiantes, dias à espera de um possível doador, o telefone toca. Era umas sete horas da noite e a enfermeira falou que era a minha vez de ganhar um fígado. Cinco dias antes do meu aniversário, no dia 14 de março. Eu estava tremendo, mas não era medo. Era uma mistura de nervosismo e agradecimento eterno. Enquanto eu tomava um banho gelado para poder ir ao hospital enfrentar a cirurgia que duraria horas, eu agradecia ou pelo menos tentava de todas as maneiras agradecer de todas as maneiras à Deus e pedia a Ele que confortasse a família do doador.

Cinco dias depois da cirurgia, no dia da alta era meu aniversário. Na UTI, mesmo sentindo toda aquela angústia, dor, e vontade de ir pra casa, a visita da minha família, a fofura e a dedicação dos médicos e enfermeiros, o bolo de aniversário de morango... Me deixava imensamente feliz. O carinho me fazia feliz, já estava ficando mal acostumada hehe. O apoio, as cartinhas da priminha mais nova, das amigas, as mensagens no Twitter e no Facebook, me deixavam 200% mais forte.

Enfim, em casa! Ver o sol, as árvores da praça, pessoas normais (sem jalecos, digo), era a oitava maravilha do mundo. COM TODA A CERTEZA. E na verdade, é mesmo uma maravilha, só não damos o valor que essas coisas merecem. Só nos damos conta, quando acontece algo de ruim com a gente, que nos deixa com medo de nunca mais ver o sol, as árvores e as pessoas "normais".


Por isso queria deixar uma "moral da história" pra vocês:
Por favor, aproveitem cada sol, cada chuva, cada vento que sopra teus cabelos, cada suco de laranja, cada bolo de chocolate, cada filme romântico em dia de frio, cada sorriso, cada música, cada banho de mar, cada passo que você dá, cada abraço... Porque um dia, a gente não terá mais acesso à essas coisas, porque um dia iremos embora. A vida é só uma.

7 comentários:

  1. Parabéns Giovana!!!! Torço muito pela sua vitória!!!! És uma moça guerreira e batalhadora!!!!! Felicidades!!!!!!!

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  2. Emoção demais... te amo ainda mais flor!

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  3. Que coisa mais linda! Impossível não chorar... Todo o "amor" do mundo pra ti!

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    1. Muito obrigada linda. Também te desejo muito amor e muita paz! ♥

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  4. :t awm super fofo,gostei do seu blog szz
    da uma passadinha no meu? cupcakezinhoos.blogspot.com.br

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  5. Ha parabéns por essa batalha vencida..
    E bela moral, emocionante sua historia.

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